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Na Zona Norte, as experiências de um grupo teatral no meio da pandemia

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É mais do que sabido, que o momento atual mudou o mundo. Todos, direta ou indiretamente, foram afetados pela pandemia do Coronavirus/Covid-19. O mesmo aplica-se no setor artístico.

Com a impossibilidade de dar continuidade ao processo de criação do espetáculo “A Cruzada das Crianças”, que estrearia em maio de 2020, no Teatro Cacilda Becker, e cujo processo foi interrompido pelo distanciamento social, o grupo República Ativa de Teatro resolveu explorar outras formas de comunicação e compartilhamento de seus trabalhos.

E, para isso, mergulhou em sua própria rotina de trabalho, compartilhando com o público a jornada vivida nesses dois últimos anos.

É SÓ ASSISTIR === Está no ar através do Canal You Tube,  o documentário “Nossa Cruzada – Sonhando em Tempos de Guerra” — com 1 hora e 20 minutos de duração —  é parte integrante do projeto Sonhos em Tempos de Guerra, que  foi contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.

Esse documentário conta a trajetória do grupo no desenvolvimento do projeto, traçando um panorama das ações desenvolvidas e a pesquisa artística. Filosoficamente, aborda a visão dos artistas do grupo em torno da pergunta: “o que é sonhar em tempos de guerra?”.

O QUE É MOSTRADO === No documentário, dirigido por Rodrigo Palmieri, a República Ativa de Teatro partilha com o público depoimentos dos participantes e imagens gravadas durante a execução do projeto, e que mostram os modos de produção e pesquisa desenvolvidos (voltada ao público infanto-juvenil).

Os relatos, colhidos durante a pandemia (seguindo os protocolos de segurança e distanciamento social), expõem o processo criativo da República Ativa de Teatro, que nesse projeto foi intenso e muito instigante.

Mostra a conquista da sede do grupo para ensaios, demonstrações e apresentações, em um amplo galpão instalado na Vila Dom Pedro II (Parada Inglesa), na Zona Norte da cidade.

O documentário mostra ainda diversos debates, a troca de experiências com diversos profissionais, a nova metodologia de trabalho, as dificuldades e soluções conquistadas na sala de ensaio, os desafios de tratar temáticas tão urgentes e delicadas com o público infantil e adulto.


Assista na íntegra ao video:


Um olhar diferenciado === A companhia traz à tona esses questionamentos, se propondo a pensar, discutir e direcionar o olhar para a formação de nossas crianças que cresce em meio a uma sociedade tomada por diversas guerras – como gênero, educação, institucional, entre outras –, apresentando ao público essas problemáticas com responsabilidade e poesia.

Os resultados desse processo de pesquisa poética foram apresentados no ano de 2019 em diferentes teatros públicos municipais e, agora, com o distanciamento social imposto pela pandemia do Covid-19, fizemos uma série de debates e apresentações virtuais entre julho e agosto, na página do facebook do grupo. O documentário é a última ação deste projeto, iniciado em setembro de 2018.


Ficha Técnica do Documentário

  • Direção: Rodrigo Palmieri
  • Texto Narrativo: Vivi Gonçalves
  • Narração: Leandro Ivo
  • Documentados: Leandro Ivo, Rodrigo Palmieri, Thiago Ubaldo, Vivi Gonçalves, Fernando Neves, Marcelo Soler, Eliana Monteiro, Marcelo Denny, Vitor Vieira, Célia Ramos, Amanda Cruz, Ana Medeiros, Jhon Yuri e Thauany Mesquita.
  • Captação de Imagens (Depoimentos) e Edição: Rodrigo Palmieri
  • Vídeos (Espetáculos): Otávio Dantas
  • Designer Gráfico: Elaine Alves
  • Assessoria de Imprensa: Bemelmans Comunicações
  • Produção: Fulano’s Produções Artísticas
  • Produção Executiva: Célia Ramos
  • Duração: 70 minutos
  • Classificação: Livre

Embaixada Cultural  – República Ativa de Teatro


Sobre a Cia Teatral ===  República Ativa de Teatro desenvolve desde 2006 uma sólida pesquisa dentro do universo teatral para crianças, intitulada “O Real Imaginário”. Com um premiado repertório de espetáculos, contações de histórias e oficinas, a Cia continua atuante, experimentando e reafirmando escolhas em prol de um teatro infantil artisticamente relevante.

O início dessa pesquisa se deu através da busca por textos consagrados na dramaturgia brasileira para crianças. Com o olhar atento para temas que fossem relevantes nos dias atuais, a Cia encenou a aceitação do ser diferente em nossa sociedade (“A Bruxinha Que Era Boa” – 2006), as perdas sofridas ao longo da vida e a busca por nossos sonhos (“O Cavalinho Azul” – 2008), a descoberta da liberdade, maturidade, autonomia e autenticidade (“A Menina e o Vento” – 2012).

Junto a essa trilogia, foram criadas uma série de contações de histórias e oficinas a partir dos temas dos espetáculos, com adaptações de diversos livros infantis, que somadas à debates, oficinas e reflexões, fizeram parte do projeto “O Universo Infantil em Maria Clara Machado”.

Com o intuito de discutir os medos da criança contemporânea, a solidão, o abandono e as relações entre pais e filhos, a Cia estreou seu primeiro espetáculo totalmente autoral “Quem Apagou a Luz?” (2012).

O segundo trabalho autoral foi o espetáculo “Splash ou A História da Gota Que Sonhava Ser Rio” (2016) que trouxe à cena uma discussão sobre os anseios e angústias da criança (e do ser humano) ao ter de se relacionar com o outro.

No mesmo ano, a Cia estreou no Centro Cultural São Paulo o espetáculo “O Inimigo” (2016), baseado na obra homônima de Davide Cali e direção de Val Pires, levando à cena as incoerências de uma guerra, com todas as suas contradições e possíveis desdobramentos.

Recentemente, o grupo contemplado pela 32ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, com o projeto “Sonhos em Tempos de Guerra”, que conta com a participação de diversos artistas e coletivos para a criação, desenvolvimento e reflexão da criança dentro das pequenas guerras cotidianas.

O projeto está em desenvolvimento desde setembro de 2018, e já realizou 4 temporadas em teatros públicos da cidade: “O Inimigo” (Teatro Décio de Almeida Prado), “A Sombra do Vale” (Teatro João Caetano), “Invocadxs” (Teatro Alfredo Mesquita) e “A Cidade de Dentro” (Teatro Alfredo Mesquita).  Esse repertório recebeu 29 prêmios em diversos festivais pelo país.


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=== <<<Com apoio de informações/fonte: Bemelmans Comunicação / Miriam Bemelmans  >> 

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