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Quem tem medo da sexta-feira 13? Saiba porque a data é considerada de muito azar

sexta-feira 13
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sexta-feira 13
da redação DiárioZonaNorte

Supersticiosos  de plantão….  “Saravá,  pé de pato, mangalô três veis!”  A  sexta-feira 13, o dia mais sinistro do calendário, está ai.   Nela, teoricamente, tudo pode dar errado.  E por que, essa implicância com a data?

Alguns estudiosos afirmam que a  sexta-feira 13 é um dia de azar, porque foi nela que Jesus foi crucificado e eram considerados dias de penitência.   Já  o 13 era considerado um número incompleto,  que atua em desarmonia com as leis do Universo, isso desde a Babilônia. Somou-se  os dois, bingo! Surge o mais azarado dos dias.

E as teorias que associam o azar ao número 13 e à 6ª feira, não param por ai e incluem o  numero de pessoas presentes na última Ceia, onde estavam presentes 13 elementos  – entre eles  Judas Iscariotes, o capítulo 13 do livro do Apocalipse da Bíblia, que faz referências ao  anticristo e à besta. 

Uma antiga lenda nórdica, conta que  Odin convidou 12 deuses para um banquete. O deus Loki (sempre ele….) surgiu sem ser convidado e acabou causando a morte de Balder, e o número ganhou sua má-fama.

Ficou conhecido como  6ª feira negra o dia do crash (quebra) da bolsa de New York em 1929, quando aqui no Brasil, os barões do café faliram.  Ainda no Brasil, foi em uma 6ª feira que o AI-5 foi decretado, colocando o país no período da ditadura.

Até nome de fobia a data ganhou. O  medo da 6ª feira 13 se chama paraskevidekatriafobia, que se origina do grego Paraskeví (sexta-feira) e dekatreís (13).

O jornalista Daniel Martina, do portal português Freemason escreveu um artigo muito interessante sobre a data, que reproduzimos na íntegra aqui: 

Madrugada de sexta-feira, 13 de Outubro de 1307:

Cumprindo as ordens do rei Filipe IV, o Belo, também conhecido como Rei de Mármore ou Rei de Ferro, Guillaume de Nogaret ministro do Rei, acompanhado do Inquisidor-mor e do tesoureiro real, apresentou-se na fortaleza do Templo e deu voz de prisão a todos os Templários que aí se encontravam, incluindo o seu Grão-Mestre, Jacques de Molay, que ainda estava deitado. Os próprios calabouços do Templo serviram para aí se encerrarem alguns dos cavaleiros, mas o Grão-Mestre e os seus principais foram encerrados na prisão do Louvre.

À mesma hora, por todo o Reino de França, os senescais, presidentes das câmaras e os prebostes reais, acompanhados pelos seus soldados, prenderam em massa todos os Templários que (Publicado em freemason.pt) encontraram nas Casas da Ordem. Praticamente não houve resistência, mas nalgumas, como em Arras, os soldados degolaram metade das pessoas que lá se encontravam.

Davam assim cumprimento às instruções reais contidas numa carta que todas as autoridades foram recebendo desde Setembro desse ano, com a condição expressa de só ser aberta no dia 12 de Outubro e à mesma hora, em todos os locais do reino, guardando-se o mais rigoroso sigilo da mesma.

Não se sabe com precisão quantos cavaleiros foram presos, mas estima-se que fossem cerca de 1000, embora também se fale em 4000. Grande parte dos cavaleiros fugiu para países que os acolheram ou fixaram-se noutros lugares onde a Igreja os não pudesse alcançar. Gerard de Villiers, perceptor de França, foi um dos cavaleiros franceses que conseguiu escapar.

Todos os imensos bens da Ordem em França foram imediatamente confiscados!

Acusados de heresia (práticas demoníacas, adoração de ídolos e vícios contra a natureza), os interrogatórios começaram logo no dia seguinte, 14 de Outubro, dando-se início a um dos processos mais vergonhosos e sinistros da História, o chamado “Processo dos Templários”, que acabará com a supressão da Ordem, pela bula papal Vox in Excelso, de 22 de Março de 1312 e com a morte de alguns dos seus membros, incluindo o Grão-Mestre, condenado à fogueira a 18 de Março de 1314.

Torturados, alimentados a pão e água, instalados em condições sub-humanas e ainda sujeitos ao pagamento da sua prisão, foram-lhes recusados os sacramentos e o sepultamento em terra da Igreja. Não se sabe ao certo quantos terão morrido na fogueira, ou durante os interrogatórios, ou dos ferimentos recebidos, ou dos que ficaram estropiados para o resto da vida física e moralmente.

Quanto a Filipe IV, assim que soube que as prisões tinham sido feitas, dirigiu-se à Torre do Templo e instalou-se lá, levando consigo o seu “tesouro”, que juntou ao que encontrou no local.

Foram também expedidas cartas aos soberanos europeus para que procedessem de igual modo nos seus reinos, contra a Ordem.

Na Europa a Ordem foi extinta, mas com uma ou outra excepção os cavaleiros não foram molestados, sendo integrados em novas Ordens menos expressivas, como foi o caso da “Ordem de Cristo”, fundada em Portugal pelo rei D. Dinis, com os bens e os efectivos templários residentes no país ou que por cá se refugiaram.

Jacques de Molay esteve sete anos na prisão, antes de morrer aos setenta anos de idade. No dia 12 de Outubro, véspera da sua prisão, tinha-se encontrado com o rei, de quem era compadre (Molay era padrinho do filho mais novo de Felipe IV), no funeral da cunhada do monarca, Catarina de Courtenay, esposa de Carlos de Valois, tendo-lhe sido dada a honra de carregar o féretro, o que torna a perfídia do rei ainda mais ignóbil…

Mas como é que uma Ordem tão poderosa como a dos Templários, carregada de glória e riqueza, com uma tradição de dois séculos de existência e que apenas dependia do Papa, pôde ser aniquilada de um dia para o outro?

Na sua juventude o “Rei de Ferro” tinha pedido para ser admitido a título honorário na Ordem, o que lhe foi recusado, acontecendo-lhe o mesmo quando poucos meses antes do aniquilamento dos Cavaleiros Templários, tinha pedido o ingresso na Ordem para o seu filho mais novo. A sua ideia seria tornar hereditário o cargo de Grão-Mestre, reformar a Ordem e mantê-la na dependência directa dos reis franceses. Também em 1306, durante uma sublevação em Paris, o rei tivera de pedir asilo ao Templo onde ficara alguns dias à espera que o motim acalmasse…Demasiadas humilhações para alguém como ele!

Além de que, do seu palácio, o rei todos os dias avistava a Torre, uma lembrança permanente de um Estado dentro de outro Estado, com as suas liberdades, privilégios, a sua alta, baixa e média justiça e o seu direito de asilo, que nem o Rei se atrevia a quebrar.

Portanto, as razões para a queda (Publicado em freemason.pt) foram muitas e diversas, mas situam-se principalmente na luta feroz que se desenvolveu entre a França e o Papado, entre Filipe IV e Bonifácio VIII, sem esquecer a aura de imensa riqueza que a Ordem possuía, o chamado “Tesouro dos Templários”, que para um rei sempre esfomeado de dinheiro como o monarca francês, e que tinha uma enorme dívida para com o Templo, se tornava numa tentação irresistível que o não faria recuar perante nada…

Com esta medida, Filipe IV consegue equilibrar as finanças reais, e ao destruir o exército da Igreja, com a ajuda do Papa Clemente V que ele próprio tinha elevado ao trono pontifício, e que se estabelece em 1309 em solo francês na cidade de Avinhão, abandonando Roma (o que dará início ao Cisma de Avinhão, também conhecido como o Cativeiro de Babilónia), o rei consegue tornar-se no senhor absoluto do reino de França.

É a partir deste acontecimento, que tanto o dia 13 como a sexta-feira entraram para a superstição popular como azarentos.

sexta-feira 13

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