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Médicos da rede municipal mantém greve, após reunião com a Prefeitura de São Paulo

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Tempo de Leitura: 3 minutos

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da Redação DiárioZonaNorte

  • Reunião entre Sindicato dos Médicos e Secretaria Municipal da Saúde termina sem        acordo
  • Médicos que atuam nos postos municipais de saúde (UBSs) decidem por paralisação
  • Risco de greve ocorre em meio ao aumento de casos de Covid-19 e Influenza
  • Profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, contratação de mais             médicos e equipes de enfermagem e a compra de insumos para o atendimento. 

O Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), após reunião na tarde desta 2ª feira (17/01/2022) com a Secretaria Municipal da Saúde  (SMS),  decidiu manter a paralisação dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) – marcada para a 4ª feira (19/01/2022). A categoria também articula um ato na frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo, na mesma data –  às 15 horas.

As reivindicações seguem sendo principalmente por mais contratações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), garantia de condições mínimas de trabalho (por melhor infraestrutura e abastecimento de insumos e medicamentos) e a retomada dos espaços de discussão entre o Sindicato e a Prefeitura.

O SIMESP afirma que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não apresentou nenhuma resposta capaz de responder às necessidades dos trabalhadores das UBS e que o secretário pontuou, durante a reunião,  a contratação de apenas 140 médicos direcionados para Assistência Médica Ambulatorial (AMA).

De acordo ainda com o Sindicato, esse número já seria insuficiente para as 469 UBS da capital, que sofrem com o desfalque de equipes há bastante tempo, mas não há nenhuma contratação para as UBS.

Trabalhadores afastados

Dados do SIMESP atestam que até o dia 6 de janeiro,  1.585 profissionais da saúde estavam afastados por Covid-19 ou síndrome gripal.  No dia 13 de janeiro, o número totalizava 3.193 trabalhadores afastados, uma alta de mais de  100%, totalizando 3.193 trabalhadores afastados.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a categoria receberia até o final de janeiro, 100% das horas extras relativas ao ano de 2021.  Também ficou estipulado que, a partir de agora, todas as horas extras e plantões extras serão pagos dentro da folha de pagamento do respectivo mês, o que também se aplica aos servidores da saúde.

De acordo ainda com a nota da Prefeitura, as Organizações Sociais de Saúde (OSSs), responsáveis pela gestão dos equipamentos municipais de saúde, receberam autorização para a contratação de 700 médicos e equipes de enfermagem para atender ao aumento de demanda nas unidades de Atenção Básica, a critério das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs). A

As OSSs também estão autorizadas a comprar medicamentos e insumos de forma emergencial, caso a secretaria tenha alguma dificuldade pontual com seus processos de compras.

UBSs em sistema de polos

A Secretaria Municipal de Saúde, no que aparenta ser a tentativa de suprir a falta de profissionais, determinou que a partir do próximo sábado (22/01/2021), as UBSs abram no sistema de polos:  as regiões que apresentarem uma alta demanda de doentes, terão um maior número de profissionais.  Estão previstas, inicialmente, 165 unidades-polo.

Na nota, a Secretaria não deixa claro  se estes profissionais serão deslocados de outras unidades de saúde ou serão contratados e afirma ainda  que “se houver nas próximas duas semanas uma estabilização ou redução do número de casos de Covid-19, a abertura das UBSs aos fins de semana será suspensa”.

Conta não fecha

Ainda sem especificar uma data para a contratação dos “700 médicos e equipes de enfermagem”, a Secretaria da Saúde ampliou o horário de funcionamento das 33 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e AMAs/UBSs Integradas tiveram o de funcionamento ampliado das 19h para as 22h, a partir de hoje.

Outras seis unidades que abriam 12 horas passam a funcionar 24 horas. Também foram montadas 23 tendas para acolher a população nas unidades do município.

Ainda como parte do Plano de Contingência Hospitalar, anunciado pela Prefeitura na última semana,  foram reservados 1.110 leitos exclusivamente para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Os leitos serão disponibilizados nos hospitais municipais Tide Setúbal, Waldomiro de Paula, Brasilândia, Guarapiranga, Parelheiros, Cachoeirinha, Menino Jesus e no hospital Professora Lydia Storópoli (que funciona dentro da UNINOVE Campi Vergueiro).


<Com apoio de informações/fonte: Secretaria Especial de Comunicação/Secom, Assessoria de Imprensa da SMS e Ass.Imprensa do Simesp >>

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